Waly permanente

Amanhã (quarta-feira), depois das sessões Jean Rouch e Mário Carneiro na Mostra Faróis, na Caixa Cultural, nada vai se interpor entre mim e a Livraria da Travessa, no Shopping Leblon. Não dá pra perder o lançamento do DVD de Pan-Cinema Permanente, de Carlos Nader.

Não pela presença anunciada de Caetano Veloso, esse eleitor de César Maia e emissor de baboseiras políticas como poucas ultimamente. Mas sim pela “leitura de poemas e lembrança de estórias” com Antonio Cícero, Regina Casé, Omar Salomão, José Júnior e a galera do Afroreggae, além do cesarmaiano compositor baiano.

É a cauda longa de Waly Salomão se estendendo para bem além de sua morte precipitada (como, aliás, toda morte) em 2003. O filme do Carlinhos Nader se encarregou de iluminar o rastro poético de Waly. Pan-Cinema Permanente é um ensaio biográfico lírico e experimental que faz jus à veia tanto do cineasta quanto do poeta. Eles foram amigos durante muitos anos, viajaram juntos e compartilharam performances pelo mundo afora. Tudo no filme respira criação e cumplicidade. Leia minha resenha.

No mais, carrego uma pontinha de orgulho por ter participado da faixa comentada do DVD, juntamente com Nader e João Moreira Salles. Vale a pena ouvir, principalmente por ampliar e aprofundar a voz do diretor sobre o fascinante personagem do seu documentário.

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